A origem desta Igreja teve seu princípio numa pequena ermida, que cristãos erigiram em honra de três irmãos, Veríssimo, Máxima e Júlia, perseguidos por ordem do imperador Diocleciano no ano de 303 dC, martirizados e mortos sendo ali sepultados. A primitiva igreja de Santos remonta ao reinado de Dom Afonso Henriques. O Rei mandou aumentar a ermida dos Mártires e segundo consta teria, em vão, procurado os seus túmulos. Seu filho, Dom Sancho I, fundou ali um convento para a Ordem de Malta, mas assim que esta ordem saiu para Alcácer do Sal, doou o templo às Comendadeiras da Ordem de São Tiago, cujas casas se ergueram junto à igreja e foram mais tarde convertidas no Mosteiro das Comendadeiras de São Tiago.
A igreja primitiva foi novamente reconstruída no século XVI, depois de 1556, e no século XVII, depois de 1615, e a que chegou ao Terramoto em coisa alguma se assemelharia ao templo afonsino.
A actual igreja de Santos (Santos-o-Velho) corresponde a uma reconstrução, quase integral, determinada pelo Governo em 1876. O templo primitivo, sob cuja mesma traça o actual foi reedificado, e que pouco sofrera pelo Terramoto, estava então em perfeita ruína, chegando a pensar-se na sua demolição. O seu interior pouco conserva de antiguidade, que a sua remota fundação justificaria, e os elementos dispersos mais antigos não vão além do século XVII.
LOCALIZAÇÃO
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