O Palácio Valada-Azambuja ou Palácio dos Condes de Azambuja fica no Largo do Calhariz.
Este palácio edificado no século XVI, foi totalmente reconstruído após a sua destruição aquando do Terramoto de 1755. Desde os finais do século XIX que sofreu diversas alterações, mantendo no entanto a sua fachada as características dum palácio setecentista.
No átrio de entrada deste palácio de planta em forma de U, pode-se observar uma série de azulejos que recobrem ambas as paredes. Esses azulejos são datados do século XVII.
Este edifício tendo servido de sede do jornal "A Lucta" a partir do ano de 1925, é actualmente ocupado pela Biblioteca Municipal Camões.
O Palácio do Sousa Calharizes, que deu o nome ao largo é hoje uma construção do início do século XVIII e foi erguido pelo Morgado do Calhariz ,
Dom Francisco de Sousa, em terrenos que foram de uma parente sua, a
condessa do Alvito. Continuando na mão do Sousa Calharizes, nele habitou
o conhecido diplomata Dom Pedro de Sousa Holstein, mais tarde lº Duque
de Palmela.
Também neste Palácio do Calhariz, funcionou em 1882 o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A partir de 1947, passou para aposse da CAIXA GERAL DOS DEPÓSITOS,
depois de várias alterações, é ligado por um arco ao vizinho Palácio
Sobral. Em 1997 sofre novamente obras de recuperação, que lhe valeu a
atribuição do Prémio Eugénio dos Santos.
O Palácio Sobral,
mandado construir entre 1770 e 1780 por Joaquim Ignácio da Cruz Sobral,
lº Administrador do vínculo dos Sobrais, nasceu da compra de um velho
prédio, propriedade de Dom Lázaro Leitão Aranha, rico e erudito principal
da Sé, que nesse lugar fez reunir a famosa Arcádia (1764). Neste
Palácio se deram belas festas e concertos organizadas por ele e mais
tarde pelo seu pai, a que concorria toda a Corte. Entre elas ficou
célebre a esplêndida festa dada por ocasião do nascimento da princesa da
Beira, Dona Maria Teresa, no dia 29 de Abril de 1793, onde cantaram
artistas estrangeiros especialmente convidados para o evento, Todi, Violanti, Angelleli, Ferracuti entre
outros. Isto no mesmo dia em que se inaugurava o Teatro de São Carlos,
também ele em homenagem à primeira filha de Dom João e de Dona Carlota
Joaquina.
Neste palácio ficou instalado o Quartel Geral de
Wellington em 1811, o Marechal Beresford entre 1812 e 1813. Durante
alguns anos e até 1879 aí esteve, ocupando parte das instalações o Hotel
Mata.
Em 1887 foi vendido, por pouco mais de 50 contos (250
Euros) pelo seu último proprietário particular, o Marquês de Sousa
Holstein, tendo sido comprado para lá se instalar a CAIXA GERAL DOS DEPÓSITOS que ainda continua , nos dias de hoje, a ser daquela instituição bancária.
LOCALIZAÇÃO
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