Construção do Real Paço da Ajuda
A urgência da construção de um novo Palácio e o facto da Família Real ter sobrevivido ao cataclismo por se encontrar na zona de baixa sismicidade de Belém/Ajuda, justificou a escolha do local. O novo Paço, habitável desde 1761, veio a ser a residência da Corte durante cerca de três décadas. Em 1794, no reinado de Dona Maria I (1734-1816), um incêndio destruiu por completo esta habitação real e grande parte do seu valioso recheio.
Coube a Manuel Caetano de Sousa, Arquitecto das Obras Públicas, a tarefa de projectar um novo palácio de pedra e cal, que foi traçado ainda de acordo com as tendências arquitectónicas do Barroco. Este projecto, iniciado em 1796 sob a regência do príncipe real D. João, foi suspenso decorridos cinco anos de construção, quando, em 1802, Francisco Xavier Fabri e José da Costa e Silva, arquitectos formados em Itália, foram encarregues de o adaptar à nova corrente neoclássica. Esta tarefa, continuada mais tarde por António Francisco Rosa, responsável pelo traçado de “redução” do projecto, nunca veio a ser concretizada integralmente.
Torre sineira construída no século XVIII ao lado da Capela Real da Ajuda, segundo desenho do arquitecto da Casa do Infantado, Manuel Caetano de Sousa, tendo ocorrido a cerimónia de sagração dos sinos em 1793. De traçado poligonal e entrada pelo lado oriental, a ascensão ao campanário é feita através de uma escada interior em caracol com 80 degraus. No topo surge enquadrada por 4 fogaréus, dos quais sobrevivem apenas 2, e por uma cruz. Subsistindo à demolição do templo em 1843, esta Torre encontra-se integrada na Zona Circundante do Palácio Nacional da Ajuda, que está classificada como Imóvel de Interesse Público.
Calçada da Ajuda
LOCALIZAÇÃO