segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lisboa Ginásio Clube


A iniciativa de se fundar, em Lisboa, um novo clube partiu de João de Matos Corte-Real da Câmara Mouat e de José dos Santos Cadeiras. Para esse tema realizou-se a 4 de Novembro de 1918 uma reunião no Caminho do Forno Tijolo, nº 80, r/c, residência de Alberto Júlio Mouat.  A designação de Lisboa Gymnasio Club foi proposta por Manuel Vassalo de Araújo.
 A primeira sede instalou-se na Rua Maria nº 61, cave, num imóvel de propriedade de Maria da Conceição Rodrigues.
  Por razões que não se encontram explicitadas nos documentos encontrados é, somente, a 6 de Março de 1923 que o Vice-Presidente da Direcção, Manuel Florido Pereira, se refere ao assunto, apresentando em reunião uma proposta no sentido de se procurar obter uma nova sede, a qual, porém, devia ficar situada naquela zona da cidade (Anjos). Nomeada uma Comissão para o efeito vem a mesma a propor, em 28 daquele mês, a aquisição do imóvel sito na Travessa do Borralho (hoje RUa Francisco Lázaro), nº 4, e no qual tinha funcionado o Teatro Salão dos Anjos, vulgo Teatro do Borralho.A inauguração oficial da segunda sede teve lugar a 1 de Dezembro de 1923 com a presença do Sr. Presidente da República, Dr. Manuel Teixeira Gomes, sendo Presidente da Direcção Júlio Augusto da Rocha Vieira. Completavam-se exactamente, nesse dia cinco anos sobre a entrada em vigor do contrato de arrendamento da primeira sede. O Lisboa Ginásio Clube mudou a sua sede, mas, localizando-a na zona que o viu nascer, criou uma tradição perpetuada até aos nossos dias.






LOCALIZAÇÃO









Costa do Castelo


A costa do  Castelo é o passeio de circunvalação da antiga cidadela e fortaleza,  abrange quase dois terços da sua cintura desde sitio do antigo arco de santo André até ao extremo da Rua do Milagre de Santo António na zona dos Loios.

A Torre de São Lourenço finda a muralha  que desce do castelo , fazia parte da cerca mandada edificar por Dom Fernando, junto dela ficava a porta de São Lourenço que desapareceu em 1700 .

Palácio Vila Flor construído no século XVIII, integra-se num conjunto de arquitectura erudita dos séculos XVII e XVIII a São Cristóvão. Salientam-se os vãos em cantaria trabalhada.


Villa do Castelo




O Palácio Marquês de Tancos, ou simplesmente de Tancos, é uma construção seiscentista, ampliada e melhorada no século XVIII. Em 1539, o Palácio pertencia ao Conde de Castanheira, D. António de Ataíde, a quem sucede sua filha D. Joana, casada com D. Nuno Manuel, Senhor de Atalaia, Salvaterra e de Tancos. D. João Manuel de Noronha, 6.º Conde de Atalaia e 1.º Marquês de Tancos, foi o responsável pela ampliação e melhoramentos do Palácio. Este pouco sofreu com o Terramoto.
Até 1865, o Palácio Tancos foi pertença da família, ano em que é adquirido por um comerciante, e subdividido para inquilinato. Durante largo tempo, o Palácio esteve arrendado a vários comércios e pequenas oficinas, bem como a instituições diversas e a particulares.
Em 1980, foi adquirido pela CML, que tem vindo a recuperar e reabilitar os espaços.






 Largo da Achada com algumas casas anteriores ao terramoto, e do qual se pode observar o também antigo Recolhimento de Nossa Senhora do Amparo construído em 1610.




LOCALIZAÇÃO








segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Bairro das Olarias



O nome Olarias vem de um aglomerado de fabricantes de louça de barro, dos quais esta encosta era fértil. Também foi zona de olivais e de lagares de azeite.
No Largo das Olarias fica a Ermida do Senhor Jesus da Boa Sorte ,começada a construir em 1759 e terminada em 1764.Possui um altar (lateral ) único no corpo da igreja ,na qual está um grande e famoso Cristo Crucificado ,obra de Machado de Castro.No altar mór há um Senhor Morto ,trabalho do pintor Apolinário Pereira e do Escultor Raimundo Costa. Nos nichos laterais tem imagens de São Sebastião e de Santo António.





A urbanização do sitio das Olarias começou em 1498 ,depois de Dom Manuel I tomar  conta do "Almocavar" ou cemitério dos mouros(na encosta do Monte do lado da Bombarda), cujos túmulos foram impiedosamente profanados.
Combinava a zona rústica de olivais e lagares para a produção e venda de azeite ,com a zona mais industrial das olarias de barro. Os lagares foram desaparecendo ,lei inevitável da urbanização,mas as olarias prosperaram, e na terceira década de seiscentos havia por lá cerca de oitenta artífices oleiros.
Só no século XVIII,com a criação de fabricas de maior escala ,modernas e com outros horizontes industriais ,as olarias entraram em declínio o que levou a sua extinção.


RUA DOS LAGARES





 
Na travessa da Nazaré fica o Palácio dos Távoras , imponente edifício seiscentista que hoje alberga ,entre outros, a sede do Grupo desportivo da Mouraria.








LOCALIZAÇÃO




quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Casa da Severa - Rua do Capelão -Mouraria



Maria Severa Onofriana (Lisboa, 1820 — Lisboa, 30 de Novembro de 1846) foi uma cantora de fado, considerada a mítica fundadora do fado, caracterizada pelos seus fados lisboetas
A Severa viveu grande parte da sua curta vida na Mouraria, mas o seu nascimento ter-se-á dado na Madragoa, na Rua Vicente Borga nº33 (antiga Rua da Madragoa), esquina com a Travessa dos Inglesinhos .
Era filha de Severo Manuel e Ana Gertrudes. A sua mãe era proprietária de uma taberna e tinha por alcunha "A Barbuda" , devido à barba que tinha na cara. A Severa era uma prostituta alta e graciosa, que cantava o fado (especialmente numa taberna da Rua do Capelão). Teve vários amantes conhecidos, entre eles o Conde de Vimioso (Dom Francisco de Paula Portugal e Castro) que, segundo a lenda, era enfeitiçado pela forma como cantava e tocava guitarra, levando-a frequentemente à tourada.
Morreu de tuberculose a 30 de Novembro de 1846 na rua do Capelão, na Mouraria, em Lisboa, tendo sido sepultada no cemitério do Alto de São João numa vala comum.


No seguimento da Rua do Capelão fica a Rua da Guia , o Beco dos Três Engenhos e Rua da Amendoeira





LOCALIZAÇÃO






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