segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Aqueduto das Águas Livres


O Aqueduto das Águas Livres é um complexo sistema de captação, adução e distribuição de água à cidade de Lisboa, em Portugal, e que tem como obra mais emblemática a grandiosa arcaria em cantaria que se ergue sobre o vale de Alcântara, um dos bilhetes postais de Lisboa.
O Aqueduto foi construído durante o reinado de D. João V, com origem na nascente das Águas Livres, em Belas, e foi sendo progressivamente reforçado e ampliado ao longo do século XIX. Resistiu incólume ao Terramoto de 1755.

A distribuição das águas provenientes do aqueduto era feita através de chafarizes. Na extremidade jusante do aqueduto, a Mãe d'Água das Amoreiras recebia e distribuía as águas por galerias e encanamentos que as encaminhavam para uma rede de chafarizes públicos. Antes ainda de chegar ao centro de Lisboa, o aqueduto alimentava alguns locais, tais como a Falagueira (Amadora), Benfica e São Domingos de Benfica. O facto de entrar em Lisboa pelo lado ocidental, a uma cota de 95 metros, permitiu a criação de uma extensa rede de chafarizes em toda essa zona da cidade.
Eram quatro as galerias que distribuíam a água na zona da cidade de Lisboa compreendida entre os vales de Arroios e de Alcântara:
  • Galeria das Necessidades
  • Galeria da Esperança
  • Galeria do Loreto
  • Galeria de Santana
As três primeiras seguiam a partir do Reservatório das Amoreiras, enquanto que a última partia do arco do Carvalhão. O chafariz do Rato e o chafariz da Cruz das Almas eram abastecidos directamente do aqueduto, sem que necessitassem de galerias que transportassem a água até eles.


LOCALIZAÇÃO




Praça de touros do Campo de Santana

A Praça de Touros do Campo de Santana ficava no sitio onde hoje está a Faculdade de Medicina no Campo dos Mártires da Pátria. Foi inaugurada a 3 de Julho de 1831, e durante 60 anos foi o centro tauromáquico da capital.Foi demolida em 1891 para dar lugar à nova Praça de Touros do Campo Pequeno,inaugurada a 18 de Agosto de 1892 .








sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Avenida João XXI / Palácio Galveias


O Palácio Galveias, que hoje em dia alberga uma das bibliotecas municipais de Lisboa, é um dos mais bonitos palácios nobres de Lisboa do século XVII e um dos melhores exemplos de casa nobre portuguesa seiscentista.
Está localizado na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, diante da Praça de Touros do Campo Pequeno e ao lado da sede da Caixa Geral de Depósitos. Apesar de hoje em dia, a sua localização ser central em Lisboa, quando foi construído, em meados do século XVII, destinou-se a casa de campo dos Marqueses de Távora, permanecendo na família até 1759, data em que confiscado pelo Estado no âmbito do célebre processo dos Távoras.









quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vista do miradouro do Jardim de São Pedro de Alcântara


O Jardim de São Pedro de Alcântara é um jardim situado em Lisboa, na freguesia da Encarnação.
 Situa-se na Rua São Pedro de Alcântara    , perto do Bairro Alto. O jardim possui um pequeno lago e um miradouro, que oferece uma imponente vista sobre o leste de Lisboa avistando-se parte da zona Baixa de Lisboa e da margem sul do rio Tejo.







domingo, 21 de outubro de 2012

Vista do miradouro da Senhora do Monte


Miradouro da Senhora do Monte encontra-se na freguesia da Graça em Lisboa.
O miradouro desenvolve-se em frente da Capela de Nossa Senhora do Monte. A partir dele pode observar-se, para sul, o mar da Palha, o Castelo de São Jorge, parte da Baixa de Lisboa e o estuário do rio Tejo, para poente, do Bairro Alto até ao Parque Florestal de Monsanto e, para norte, o vale da Avenida Almirante Reis.



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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Amoreiras


O Amoreiras Shopping Center  é um centro Comercial localizado  na Avenida Engenheiro Duarte Pacheco . Foi inaugurado a 27 de Setembro de 1985 e tornou-se assim no primeiro grande espaço de comércio e serviços em área urbana, do país. Destacou-se pela concepção arquitectónica e conceito comercial desenvolvido, sendo um dos maiores símbolos do Pós-Modernismo existentes em Portugal, recebeu vários prémios.

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Largo de São Sebastião / Palácio Vilalva / Palácio Sá da Bandeira


O Palácio de Vilalva foi erguido em 1730 e teve como primeiro proprietário o seu pró­prio arquitecto, o francês Fernand Larre, que servia D. João V.  O edifício, com a larga área arborizada que lhe era anexa, passou depois para os herdeiros que, embora manten­do o seu aspecto primitivo, beneficiaram-no interiormente, recorrendo ao famoso estu­cador João Grossi e dos ornamentistas Biel e Gomassa.
 
Em 1860 a propriedade passou para José Maria Eugénio de Almeida, um dos sócios do "Real Contrato do Tabaco, Sabão e Pólvora", e foi este homem quem promoveu a reedi­ficação e amplificação do edifício no estado em que hoje sensivelmente se encontra, obra levada a efeito pelo arquitecto decorador Cinatti, pertencendo as emoldurações exteriores da frontaria ao escultor Anatole Calmers. O parque, fronteiro aos jardins do palácio, estendia-se então até à actual Avenida de Berna e era inteiramente rodeado de muros ameados. Nele esteve instalado o jardim zoológico de Lisboa, de 1890 a 1909.



O filho de José Maria Eugénio de Almeida pretendeu valorizar a propriedade com a construção de uns anexos em tipo de castelo inglês, actualmente separados do edifício principal pela Avenida Marquês de Fronteira, servindo de residência particular dos herdeiros. Nos princípios de 1946 o Estado português adquiriu o palácio ao bisneto do reedifica­dor, Vasco Maria Eugénio de Almeida, 2° Conde de Vilalva, e na altura mandou efec­tuar obras de beneficiação e de adaptação, tendo em vista a sua ocupação pelo Quartel-General do Governo Militar de Lisboa (o edifício foi inaugurado a 28Ago48). Essa obras foram dirigidas pelo arquitecto António Quinina e pelo engenheiro João de Deus Pimentel e Filipe Ribeiro, os quais procuraram manter a profusão de estuques de arte que notabilizam o interior do edifício, além de outros pormenores decorativos, entre os quais são de desta­car os "parquets" das salas principais, nomeadamente as do primeiro piso, os lustres e os fogões de sala, estes constituindo obra notável de artistas italianos.





Largo Dona Estefânia

O Largo de Dona Estefânia localiza-se na freguesia de São Jorge de Arroios.
O Largo de Dona Estefânia encontra-se a meio da extensão da Rua de Dona Estefânia . O topónimo homenageia Estefânia Josefa Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern-Sigmaringen  , rainha consorte, mulher de D.Pedro V.
A estátua de Neptuno que ornamenta a fonte no centro do largo já esteve anteriormente no centro da Praça do Chile e é originária do antigo Chafariz do Loreto, que se ergueu no Largo do Chiado entre 1771 e 1853.

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Rua Augusto Rosa (Junto á Sé )





A Rua de Augusto Rosa, na Freguesia da Sé, em Lisboa, tem esta denominação desde 1924.
      Anteriormente, teve as seguintes denominações: Rua do Limoeiro (1805), Rua do Arco do Limoeiro (1812), Rua Direita do Arco do Limoeiro (1815 e 1819), Rua Direita do Largo do Limoeiro (1816) e Rua Direita do Limoeiro (1819 e 1826). 
 Na mesma área, desde a confluência do Largo da Sé e da Rua das Pedras Negras, até ao Largo de S. Martinho, existiam, antes do terramoto, duas ruas e um largo: a Rua Direita da Porta Travessa da Sé e a Rua Direita de S. Jorge,  e o Largo do Aljube
A Rua Direita da Porta Travessa da Sé estendia-se desde o cunhal da Basílica de Santa Maria Maior até à entrada do Largo do Aljube, o que hoje corresponde à distância entre a junção da Rua de Augusto Rosa com a Rua das Pedras Negras até às actuais escadinhas do Pátio do Aljube, ou à embocadura da Rua do Barão. Media de comprimento 320 palmos (70,40m) e a sua largura, muito irregular, variava entre 14 e 25 palmos e meio (3,08m e 5,61m).
Esta rua tirava o nome da porta lateral da Sé, que hoje se abre sobre a Rua de Augusto Rosa e foi de­signada nos meados do século XVI por Rua Direita da Porta da Sé (1554) e, nos fins do primeiro quartel do século XVIII, por Rua da Porta de Ferro (não confundir com a Rua da Porta do Ferro). O nome de Rua da Porta de Ferro, ou das Portas de Ferro, da Sé, foi usado até ao terramoto.
 À Rua Direita da Porta Travessa da Sé, seguia-se, por volta de 1755, o Largo do Aljube, referência ao cárcere dos eclesiásticos que prolongou a sua função prisional em diferentes épocas e tristes memórias.
Em meados do séc. XVIII, também se chamava a este local Largo do Palácio do Arcebispo, e, no primeiro quartel desse século, Largo dos Paços dos Senhores Arcebispos. Destes paços, que ficavam detrás da capela-mor da Sé, com a fachada principal voltada para o norte, resta a porta mandada fazer pelo arcebispo D. Luís de Sousa (1676-1702), que hoje tem o nº 31 da Rua de Augusto Rosa.
A Rua Direita de S. Jorge, em 1755, ia desde o Largo do Aljube até ao edifício da igreja de S. Jorge, que ficava, se compararmos a planta de Bráunio (1575) com uma actual fotografia aérea da zona, no lugar onde hoje se situam o edifício das Merceeiras e o da FABULA URBIS.
Media a rua de comprimento 200 palmos (44m), variando a sua largura entre 13 e 23 palmos (2,86 m e 3,06 m).
Esta rua que era afinal a continuação da Rua Direita da Porta Travessa da Sé, era designada em 1486 por rua que vay pera Sam Jorge  e, desde 1554, pelo menos, até 1755, por Rua Direita de S. Jorge, ou simplesmente por rua de S. Jorge. Isoladamente deram-lhe também o nome de rua dereita que vai pera o Limoeiro. “ (v. MACEDO, PASTOR DE, Lisboa de Lés-a-Lés, Lisboa, CML, 1981, pp 250; 251) .
 Depois do terramoto, a Rua Direyta da Porta Travessa da Sé passa a ser indicada como Rua do Aljube; a denominação  largo do Aljube ainda aparece em 1781, e a Rua de S. Jorge em 1808, já depois de ter passado a denominar-se Rua do Limoeiro(1805).
O nome de Rua do Arco do Limoeiro é assim explicado por Castilho: «Sabe-se mais que do paço (actual cadeia do Limoeiro) [hoje Centro de Estudos Judiciários] saía um arco ou passadiço, para o fronteiro templo de S. Martinho” (Castilho, Lisboa Antiga, Bairros Orientais, vol.IX, pag.27).
A mudança do antigo nome da rua pelo de Augusto Rosa, por edital de 17 de Março de 1924, deve-se ao facto de o actor ter vivido, e falecido em 1918, no prédio com o nº 50, onde hoje está a Casa do Concelho de Arcos de Valdevez. 
Augusto Rosa, uma das figuras de maior relevo do teatro português, nasceu em 6 de Fevereiro de 1852 e estreou-se como actor, no teatro Baquet, do Porto, em 31 de Janeiro de 1872 e, nesse mesmo ano, em 5 de Dezembro, em Lisboa, no teatro do Gimnásio.
Trabalhou nos teatros da Trindade, de D. Maria II e de D. Amélia. Foi por duas vezes nomeado professor de declamação do Conservatório. Augusto Rosa foi, também, encenador e autor de dois livros sobre técnica teatral: Recordações da Scena e de fora da Scena  (Lisboa: Livraria Ferreira, 1915) e Memorias e Estudos (Lisboa: Livraria Ferreira, 1917).
 


Bibliografia
CASTILHO, Júlio de,
Lisboa Antiga, Bairros Orientais, 2ª ed., vol. IX, Lisboa, CML, 1937

MACEDO, Pastor de,
Lisboa de Lés-a-Lés, 3ª ed., vol I, Lisboa, CML, 1981

Texto retirado da pagina da livraria FABULA URBIS



LOCALIZAÇÃO








Rossio


A Praça de D. Pedro IV, mais conhecida pelo seu antigo nome de Rossio, tem constituído o centro nevrálgico de Lisboa desde há seis séculos.

Entre 1848 e 1849 a praça foi calcetada a preto e branco, com padrões ondulantes. Foi um dos primeiros desenhos desse tipo a decorar os pavimentos da cidade. No lado norte da praça fica o Teatro Nacional D.Maria II  que recebeu o nome da filha de D. Pedro, D.Maria II .


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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Chafariz do Rato

Este chafariz localiza-se na esquina entre a Rua da Escola Politécnica e a Rua de Salitre. Foi edificado em Março de 1754, de acordo com os planos de Carlos Mardel. Durante o dia era proibido por decreto real, os carreiros encherem pipas de água para as obras e regas das hortas, caso o fizessem pagariam uma multa de 4$000 réis na cadeia.
Este foi o primeiro chafariz a ser construído, integrado nos planos do Aqueduto das Águas Livres. Era abastecido pela Mãe de Água das Amoreiras. Os seus sobejos eram para o arquitecto Manuel Caetano de Sousa e depois passaram a ser para o conde da Póvoa, sucedendo-se o marquês do Faial. É um chafariz de espaldar, construído em pedra lióz. Está encostado ao muro do Palácio dos Duques de Palmela. Em estilo barroco, tinha em meados do século XIX três bicas, três Companhias de Aguadeiros, três capatazes e noventa e nove aguadeiros e um ligeiro.
Bibliografia
ANDRADE, José Sérgio Velloso d’ – Memória sobre chafarizes, Bicas, Fontes e Poços Públicos de Lisboa, Belém, e muitos logares do termo. Lisboa, 1851.
ATAÍDE, M. Maia (Coord.) – Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa. Lisboa : Assembleia Distrital de Lisboa, 1988.
CAETANO, Joaquim Oliveira – Chafarizes de Lisboa. Sacavém : Distri-Editora, 1991.
FLORES, Alexandre M. – Chafarizes de Lisboa. Lisboa : Edições INAPA, 1999.






Estabelecimento Prisional de Lisboa


Estabelecimento Prisional de Lisboa

A Cadeia Penitenciária de Lisboa, com os seus 127 anos de funcionamento ininterrupto, insere-se num reduzido grupo de realizações que, no século XIX, visaram a instalação completa de um serviço público em estruturas próprias e expressamente delineadas para tal num período caracterizado, no que se refere aos programas públicos, pela adaptação, com maior ou menor grau de improvisação, de edifícios existentes.
A 1 Julho de 1867 a “Reforma Penal e de Prisões” estabelece que:  «as penas de prisão maior celular sejam cumpridas em 3 cadeias gerais penitenciárias a criar no reino, entre as quais a do distrito da relação de Lisboa, com 500 celas para condenados do sexo masculino. As instalações seriam erguidas em lugar apropriado fora da cidade (Art. 28º), e incluiriam, além das celas, uma capela, aposentos para os empregados, "casas para escrituração, arquivo, botica, banhos e provisões", e "terrenos adjacentes convenientemente dispostos para passeio e exercício dos presos", sendo o conjunto rodeado por um muro "de altura suficiente para lhes dar segurança e impedir a vista de penetrar da parte exterior no pátio e mais dependências da prisão" (Art. 29.º). »
Actualmente, uma característica particular do ‘Estabelecimento Prisional de Lisboa’ assume especial preponderância e sobrepõe-se às demais, porventura em prejuízo da integridade futura deste objecto arquitectónico excepcional: a sua localização. Erguido em situação periférica ao centro urbano, junto à primeira Circunvalação de Lisboa (1852, depois Rua Marquês de Fronteira), em ponto intencionalmente remoto e isolado, o conjunto foi englobado pelo crescimento urbano da capital a partir da abertura do Parque Eduardo VII e das malhas urbanas subsidiárias deste, em direcção aos sítios de Campolide e São Sebastião da Pedreira.
O projecto para Cadeia Penitenciária Central de Lisboa (1864-1885) foi da autoria dos engenheiros: Joaquim Júlio Pereira de Carvalho, Luís Victor Le Cocq e Ricardo Júlio Ferraz.
 O complexo prisional é polarizado por um edifício principal, datado do séc. XIX, de planta em estrela, encontrando-se este rodeado por 5 outros edifícios, de construção posterior, todos de planta rectangular, formando, juntamente com o edifício da administração. As faces de um hexágono que, aquém dos muros exteriores, isolam a zona prisional dos demais espaços que compõem o complexo, reforçando os meios de segurança, de vigilância e de controlo.
 O conjunto integra assim diversos edifícios, que foram surgindo por obras de melhoramento e ampliação, na tentativa de adaptar uma penitenciária do séc. XIX às necessidades renovadas da organização prisional, em obras de qualificação que se estenderam também ao interior do edifício mais antigo. O Estabelecimento Prisional de Lisboa, além do edifício central, que o caracteriza por excelência - histórica e funcionalmente -, conta com estruturas construídas autónomas onde funcionam as oficinas de mecânica-auto, tipografia / encadernação, serralharia, carpintaria, electricidade, a escola (lecciona todos os níveis de ensino a todos os reclusos do estabelecimento prisional), a lavandaria (recentemente construída), o ginásio e a messe do corpo de guarda prisional.

O edifício principal, planta em estrela, composta por 6 corpos paralelepipédicos, desenvolvidos em 4 pisos. Cada um dos seis corpos que desenham a estrela - desenvolvendo-se os maiores, a partir do corpo central,  é rematado por um corpo de planta semi-circular, em dois pisos, aproveitamento dos primitivos recreios do sistema penitenciário oitocentista. A disposição em estrela cria espaços descobertos, aproveitados para recreio dos reclusos, encontrando-se em dois deles um campo polidesportivo e um campo polivalente.
Actualmente o alojamento dos reclusos realiza-se, neste edifício, a partir de alas alfabetadas de A a F . As celas dispõem-se de um lado e outro, todas dotadas de sanitários, contando cada ala ainda com camaratas, balneário, refeitório, bar/sala de convívio, sala de musculação e biblioteca. A cada uma das alas corresponde um tipo de reclusos, relacionado com a situação em que se encontra dentro do estabelecimento: reclusos toxicodependentes aderentes ao programa "unidade livre de droga"; reclusos trabalhadores, estudantes e em formação profissional; reclusos em cumprimento de penas médias e reclusos alojados no sector disciplinar e no sector de segurança; reclusos condenados em penas mais longas; reclusos em detenção preventiva e jovens condenados com idade inferior a 21 anos; e reclusos em detenção preventiva que exigem maior segurança.
 Estabelecimento Prisional Central de Lisboa está vocacionado para receber, essencialmente, reclusos condenados a penas de prisão, embora conte com uma percentagem significativa de reclusos preventivos da área de Lisboa (cerca de 57 % da população prisional do estabelecimento).Tem uma lotação fixada em 887 reclusos mas encontra-se com valores excedentários, chegando a albergar mais de um milhar de homens. Quanto à classificação, é um estabelecimento de segurança, em regime fechado, e assegura formação profissional e ocupação laboral na área oficinal.

Texto retirado do Blog Restos de Colecção







segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Praça do Principe Real / Antiga Praça Rio de Janeiro


A PRAÇA DO PRÍNCIPE REAL encontra-se ligada a três freguesias. À freguesia das MERCÊS pertence os números 1 a 19, à freguesia de S. MAMEDE os números 20 a 26B, à freguesia de S. JOSÉ do número 27 em diante. Fica entre as Ruas D. Pedro V, do Século, da Palmeira, do Jasmim, da Escola Politécnica e a Calçada do Patriarcal.
«A TOPONÍMIA DO LOCAL»
A toponímia desta artéria deve-se o nome ao Príncipe Real D. Pedro, depois Rei D. Pedro V.
O nome de Patriarcal Queimada deveu-se ao facto de um incêndio ter destruído a Patriarcal em 10 de Maio de 1769 e foi legalizado pelo edital da Câmara Municipal emitido em 8 de Junho de 1869.
O Largo, ou terreiro. onde se encontrava a «Patriarcal» possui, segundo Norberto de Araújo, vários nomes:

1 - «Chão da Ferroa», no século XVI

2 - «Alto da Cotovia»

3 - «Sítio das Casas do Conde de Tarouca». cerca de 1755
4 - «Patriarcal Queimada» depois de 1769
5 - «Sítio das obras ou caboucos do Erário Régio» em 1810-1815
6 - «Praça do Príncipe Real» em 1869
7 - «Praça do Rio de Janeiro» depois de 1911
8 - «Praça do Príncipe Real» na actualidade.
Texto retirado do Blog RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA










Largo do Rato


O Largo do Rato é um arruamento das freguesias de São Mamede e Santa Isabel.
O topónimo Rato corresponde à alcunha de Luís Gomes de Sá e Menezes, personagem do século XVII, segundo padroeiro do convento das Trinitárias de Campolide e que deu o nome ao convento, ao sítio e por fim ao arruamento. Esta artéria do sítio do Rato, conhecida por Rua Direita do Rato, passou mais tarde a denominar-se simplesmente Rua do Rato. Em 1910 passou a denominar-se Praça do Brasil, regressando em 1948 ao topónimo Largo do Rato.

Este lugar nasceu no cruzamento de vários caminhos que faziam o escoamento do trânsito da cidade. Além da antiga Cotovia, agora Escola Politécnica, ali entroncavam também o Salitre, proveniente das Hortas de Valverde e Rua das Pretas, o caminho de São Bento, que nascia na Boavista, junto ao rio, a estrada de Campolide, hoje rua das Amoreiras e, por fim, duas estreitas azinhagas que levavam uma ao alto de Campo de Ourique, a actual rua do Sol, e outra aos terrenos da quinta dos padres do Oratório.
O nome desta zona tem origem na alcunha que popularizou o esquecido patrono do Convento Trino, que domina o largo, e até finais do século XIX o único edifício de características nobres. Em 1621, Manuel Gomes de Elvas, influente cristão-novo de Lisboa, ali fundou um convento para Senhoras da Ordem da Santíssima Trindade, o primeiro desta Ordem em Lisboa. Depois da sua morte continuou a ser apadrinhado pelos seus descendentes, um deles, Luís Gomes de Sá e Meneses, tinha por alcunha “o Rato”, alcunha que se apegou ao convento e estendeu-se ao largo fronteiro. O edifício, que hoje se vê, foi profundamente alterado ao longo dos tempos e, entre 1881-85 – depois da extinção dos conventos –, sucessivamente adaptado para outros fins.
A construção do Aqueduto tornou o lugar mais procurado, e a consequente abundância de água permitiu a instalação de algumas indústrias como a “Real Fábrica das Sedas”, a “Real Fábrica de Loiça do Rato”, e a inauguração, em 1744, do chafariz na esquina com a rua da Escola Politécnica.
Em 1781 Luís José de Brito, “Contador do Real Erário e tesoureiro das contribuições para a superintendência das obras das Águas Livres”, construiu uma enorme casa-nobre com dois pisos: o inferior com janelas de peito, o segundo de sacadas e, ao centro, um enorme portal de acesso sustenta um janelão com varanda, ao gosto da época.
Depois da morte de Brito o palácio foi comprado pelo barão de Quintela. Aqui viveu a sua filha D. Maria Gertrudes e o marido, 4º conde da Cunha. Neste palácio se deram as festas mais badaladas da Lisboa cabralista. Em 1839, a casa é aumentada à custa da fábrica de loiça e os donos mandam construir uma capela, hoje mais conhecida por “capela do Rato”, onde se realizou a célebre vigília contra a guerra colonial nos dias 30 e 31 de Dezembro de 1972. Em 1876, os problemas financeiros dos marqueses de Viana obrigam à alienação do palácio, sendo adquirido pelo visconde de Monforte. Até à sua venda ao Partido Socialista foi propriedade dos marqueses da Praia e Monforte.
Só nos finais do século XIX o velho largo, cujo crescimento não tinha merecido qualquer atenção por parte das autoridades, conhece alguma disciplina urbana mantendo o seu carácter de largo de cruzamento de caminhos. Abriu-se a rua Alexandre Herculano, ligando o local à avenida Liberdade, cerca de 1930 cortou-se a avenida Pedro Álvares Cabral, ligando à Estrela, e depois a rua de D. João V.
Numa tentativa de homenagear a República dos Estados Unidos do Brasil, a jovem República Portuguesa tentou mudar-lhe o nome para Praça do Brasil, esforço inglório. Não obstante o total desconhecimento do “Rato”, patrono do convento Trino, os lisboetas resistiram à mudança toponímica.
Freguesia: São Mamede
BibliografiaAUGUSTO-FRANÇA, José, A sétima colina: roteiro histórico e artístico, Lisboa, Livros, Horizonte,  1994, p. 138.
SANTANA, Francisco e Sucena, Eduardo, (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, [s. n.], 1994, p. 950.



LOCALIZAÇÃO



Calçada do Combro /Rua do Século



A Calçada do Combro pertence à freguesia de Santa Catarina, começa no Largo do Calhariz no número 19 e finaliza no Largo Dr. António de Sousa Macedo no número 7-E.
Fala-nos desta Calçada o Olisipógrafo Norberto de Araújo nas suas Peregrinações em Lisboa no volume V «que quem desce a Calçada do Combro à direita encostado à antiga casa de André Valente está, encravada nela, e junto à entrada do Pátio dos Tanoeiros, a Ermida da Ascensão de Cristo». Reconstruída no século XVII, segundo se lê na legenda sobre o pórtico: «Esta obra se fez à custa dos irmãos de Nossa Senhora do Amparo no ano de 1673». A Ermida, que tem apenas três Capelas, é uma relíquia do sítio, e muito mais antiga do que a importante igreja dos Paulistas. Teve mesmo a honra de ser durante algum tempo a paróquia das Mercês.

No dizer de Norberto de Araújo «a fachada da Igreja dos Paulistas, paroquia de Santa Catarina desde 1835, é, como se observa, majestosa e de um equilíbrio de linhas».
Sobre a Igreja e Mosteiro dos Paulistas fala-nos também, Angelina Vidal no seu livro - Lisboa Antiga Lisboa Moderna na página 224; «Inaugurou-se o Mosteiro em 1649 sendo fundador o geral da ordem, padre-mestre frei Diogo da Ponte. D. João IV beneficiou muito a comunidade, dando-lhes avultadas esmolas para as obras e para alimentação dos professores.
O edifício foi largamente construído conforme se vê, e ao pé tinha uma grande quinta onde a cultura vinícola desenvolvida a ponto de abastecer fartamente o refeitório dos bons frades, que pelos modos tinham horror à sede. (...). O grande Mosteiro dos Paulistas é de há muito ocupado por uma Companhia da Guarda Municipal».

No início da Calçada do Combro quando descemos, à direita de quem vem do Calhariz, fica-nos um pardieiro imundo, que em tempos foi um Palácio da família Melo Cunha, posteriormente Condes Castro Marim e ainda Marqueses de Olhão. (1)
Um deles foi Monteiro-Mor da Corte e aqui se instalou em 1799 o Correio Geral. Foi também proprietário desta casa D. José da Cunha, descendente dos primeiros titulares.
O casarão palaciano foi moradia de famílias muito pobres, tendo funcionado também entre 1840 e 1890 «A Revolução de Setembro» - onde se destacou como principal redactor o «Sampaio da Revolução» de seu nome António Rodrigues Sampaio (1806-1896) - e já no início do século XX o jornal «A Batalha». Em 1922 pertencia à firma Mello Castello Branco, Lda.. O edifício é votado ao abandono, passando mais tarde para a posse da Câmara Municipal de Lisboa que em 1966/1998 elaborou um projecto para reabilitar o imóvel, encontrando-se nesta altura (2006) a ser gerido pela EGEAC, como função cultural.
Continuando a descer a Calçada e sempre do lado direito fica-nos a antiga Rua Formosa hoje Rua do Século (terras do Marquês do Pombal). No lado esquerdo, quem desce, as Travessas; de Santa Catarina, da Hera, da Condessa, do Rio e lá em baixo a do Alcaide já junto do antigo Largo do Poço Novo (hoje com o nome de Largo Dr. António de Sousa Macedo).
Texto retirado do Blog RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA 

Palácio do Correio Velho
 Palácio mandado construir no século XVIII pelos Condes de Castro Marim e Marqueses de Olhão. Também se designa por Palácio Marim-Olhão.Foi imóvel de aluguer e ali esteve instalado o Correio Geral em 1801. Está em parte ocupado por uma empresa de leilões.