Á semelhança do elevador de Santa Justa também subia na vertical a uma altura de 29,6 metros até ao primeiro pavimento, do qual saía um viaduto à altura de 20 metros sobre a Calçada de São Francisco até à propriedade do visconde de Coruche terminando no Largo da Biblioteca.
Este ascensor foi fabricado por operários portugueses e a sua armação foi conduzida por António Silvério. No seu todo o elevador erguia-se a uma altura de 40 metros. Foi edificado num pátio no Largo de São Julião, no prédio do senhor José Street. O acesso ao pátio fazia-se por um corredor de 3 metros de largura por 22 metros de comprimento. O pátio tinha a forma de trapézio, nele assentavam fortes vigas de ferro pelas quais se moviam as cabines do elevador.
A construção do ascensor Município-Biblioteca foi financiada pelo Dr. João Maria Ayres de Campos.
O público entrava pelo n.º 13, do Largo de São Julião que actualmente é o Restaurante Solar Pombalino, e saía também no n.º 13 do Largo da Biblioteca, actual Largo da Academia Nacional de Belas-Artes sendo necessário percorrer um passadiço metálico sobre a Calçada de São Francisco.
Movia-se por contrapeso de água. Cada cabine tinha a capacidade de 25 pessoas.
Este elevador entrou em funcionamento em 12 de Janeiro de 1897, encerrando em 1915, sendo substituído pelo carro eléctrico da Rua da Conceição – Calçada de São Francisco - Camões.
Este elevador ficou ligado à intentona de 28 de Janeiro de 1908, conhecida como Golpe do Elevador da Biblioteca, em que conspiravam carbonários, republicanos e dissidentes progressistas. Foram presos António José de Almeida, Afonso Costa, Álvaro Poppe e mais suspeitos, num total de noventa e três conspiradores.
LOCALIZAÇÃO
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