terça-feira, 2 de outubro de 2012

Estação do Rossio


Um alvará de 7 de Julho de 1886, autorizou a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a construir uma ligação ferroviária entre a Linha do Leste, em Xabregas, à Linha do Oeste, em Benfica; outro alvará, datado de 9 de Abril do ano seguinte, autorizou a Companhia Real a construir e explorar um ramal urbano, em via dupla, que ligasse a Linha do Oeste a uma interface no centro de Lisboa, que serviria para passageiros e mercadorias. Um terceiro alvará, publicado no dia 23 de Julho, autorizou a Companhia a construir dois ramais na futura Linha de Cintura, de forma a ligar à Estação Central de Lisboa (posteriormente Estação do Rossio).
A nave da Estação foi planeada, entre 1886 e 1887, pelo engenheiro José Luís Monteiro, tendo a construção sido executada pelas firmas DuParcly & Bartissol, Papot & Blanchard, e E. Beraud. Nesse ano, começou a demolição de vários prédios, para construir a estação; planeou-se que o edifício teria cerca de 43,5 por 23 metros, e o corpo lateral, 45 por 19 metros.
Em Abril de 1889, o Túnel do Rossio e a Estação Central já estavam concluídos, e a primeira composição atravessou o túnel em Maio; no entanto, só em Maio de 1891 é que foi realizada a inauguração oficial, e, em Junho, deu-se a abertura à exploração.
Em Novembro de 1893, já tinha sido aberto o concurso para o fornecimento e instalação de iluminação eléctrica na estação e no túnel, com equipamentos próprios para a geração de electricidade.
Em 1902, previa-se a instalação de novos relógios, de grandes dimensões, da casa Garnier, na gare e nos vestíbulos superior e inferior. No mesmo ano, a Companhia Real contratou com a firma francesa Hallé & Cie, para substituir os permutadores hidráulicos nesta estação, por uns eléctricos; nesta altura, esperava-se que também os elevadores, monta-cargas, sinais e os aparelhos de mudança de via também fossem adaptados à energia eléctrica. Em Setembro de 1903, já tinham entrado ao serviço os novos permutadores.
Em 1919, esta foi uma das estações em que foi utilizado o vagão fantasma, um sistema de segurança utilizado para impedir actos de sabotagem por parte dos grevistas. Em Julho de 1926, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses já tinha iniciado um concurso para a electrificação da Linha de Sintra, incluindo o troço até a Estação do Rossio. Em 1932, parte, desta estação, o primeiro Comboio Mistério, um comboio especial promovido pelo Serviço de Turismo, e, em 1943, parte, do Rossio, a viagem inaugural do Lusitânia Expresso.
Em 1954, começaram as obras para a preparação da electrificação, no Túnel do Rossio. Nesse ano, esta interface perdeu a sua posição como principal estação de concentração dos serviços ferroviários, tendo os comboios de longo curso sido transferidos para Santa Apolónia.
Em 15 de Abril de 1970, entraram ao serviço novas máquinas automáticas, para a venda de bilhetes, e, em meados dos Anos 70, esta interface foi alvo da primeira experiência, realizada em Portugal, para a rentabilização de espaços ferroviários, através da instalação do Centro Comercial do Rossio. E
Em 1993, estavam previstas, no âmbito de um projecto de modernização do material circulante e infra-estruturas ferroviárias da operadora Caminhos de Ferro Portugueses, obras de remodelação, que incluíam a supressão de 5 vias no interior, e a construção de uma ligação ao Metropolitano de Lisboa.



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