sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Largo de São Sebastião / Palácio Vilalva / Palácio Sá da Bandeira


O Palácio de Vilalva foi erguido em 1730 e teve como primeiro proprietário o seu pró­prio arquitecto, o francês Fernand Larre, que servia D. João V.  O edifício, com a larga área arborizada que lhe era anexa, passou depois para os herdeiros que, embora manten­do o seu aspecto primitivo, beneficiaram-no interiormente, recorrendo ao famoso estu­cador João Grossi e dos ornamentistas Biel e Gomassa.
 
Em 1860 a propriedade passou para José Maria Eugénio de Almeida, um dos sócios do "Real Contrato do Tabaco, Sabão e Pólvora", e foi este homem quem promoveu a reedi­ficação e amplificação do edifício no estado em que hoje sensivelmente se encontra, obra levada a efeito pelo arquitecto decorador Cinatti, pertencendo as emoldurações exteriores da frontaria ao escultor Anatole Calmers. O parque, fronteiro aos jardins do palácio, estendia-se então até à actual Avenida de Berna e era inteiramente rodeado de muros ameados. Nele esteve instalado o jardim zoológico de Lisboa, de 1890 a 1909.



O filho de José Maria Eugénio de Almeida pretendeu valorizar a propriedade com a construção de uns anexos em tipo de castelo inglês, actualmente separados do edifício principal pela Avenida Marquês de Fronteira, servindo de residência particular dos herdeiros. Nos princípios de 1946 o Estado português adquiriu o palácio ao bisneto do reedifica­dor, Vasco Maria Eugénio de Almeida, 2° Conde de Vilalva, e na altura mandou efec­tuar obras de beneficiação e de adaptação, tendo em vista a sua ocupação pelo Quartel-General do Governo Militar de Lisboa (o edifício foi inaugurado a 28Ago48). Essa obras foram dirigidas pelo arquitecto António Quinina e pelo engenheiro João de Deus Pimentel e Filipe Ribeiro, os quais procuraram manter a profusão de estuques de arte que notabilizam o interior do edifício, além de outros pormenores decorativos, entre os quais são de desta­car os "parquets" das salas principais, nomeadamente as do primeiro piso, os lustres e os fogões de sala, estes constituindo obra notável de artistas italianos.





Nenhum comentário:

Postar um comentário