O Palácio de Vilalva foi
erguido em 1730 e teve como primeiro proprietário o seu próprio
arquitecto, o francês Fernand Larre, que servia D. João V. O edifício,
com a larga área arborizada que lhe era anexa, passou depois para os herdeiros que, embora mantendo
o seu aspecto primitivo, beneficiaram-no interiormente, recorrendo ao
famoso estucador João Grossi e dos ornamentistas Biel e Gomassa.
Em
1860 a propriedade passou para José Maria Eugénio de Almeida, um dos
sócios do "Real Contrato do Tabaco, Sabão e Pólvora", e foi este homem
quem promoveu a reedificação e amplificação do edifício no estado em
que hoje sensivelmente se encontra, obra levada a efeito pelo arquitecto
decorador Cinatti, pertencendo as emoldurações exteriores da frontaria
ao escultor Anatole Calmers. O parque, fronteiro aos jardins do palácio,
estendia-se então até à actual Avenida de Berna e era inteiramente
rodeado de muros ameados. Nele esteve instalado o jardim zoológico de
Lisboa, de 1890 a 1909.
O
filho de José Maria Eugénio de Almeida pretendeu valorizar a
propriedade com a construção de uns anexos em tipo de castelo inglês,
actualmente separados do edifício principal pela Avenida Marquês de
Fronteira, servindo de residência particular dos herdeiros. Nos
princípios de 1946 o Estado português adquiriu o palácio ao bisneto do
reedificador, Vasco Maria Eugénio de Almeida, 2° Conde de Vilalva, e na
altura mandou efectuar obras de beneficiação e de adaptação, tendo em
vista a sua ocupação pelo Quartel-General do Governo Militar de Lisboa
(o edifício foi inaugurado a 28Ago48). Essa obras foram dirigidas pelo
arquitecto António Quinina e pelo engenheiro João de Deus Pimentel e
Filipe Ribeiro, os quais procuraram manter a profusão de estuques de
arte que notabilizam o interior do edifício, além de outros pormenores
decorativos, entre os quais são de destacar os "parquets" das salas
principais, nomeadamente as do primeiro piso, os lustres e os fogões de
sala, estes constituindo obra notável de artistas italianos.
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