terça-feira, 1 de outubro de 2013

Igreja da Memória / Chafariz do Largo da Memória


Igreja da Memória foi fundada por Dom José I ,no local onde sofreu  uma tentativa de assassínio dois anos antes em 1758, num gesto de gratidão por se ter salvo . O início das obras foi por volta de Maio de 1760, tendo-se celebrado a cerimónia do lançamento da primeira pedra a 3 de Setembro de 1760.O monarca regressava de um encontro secreto com uma dama da família Távora quando a carruagem foi atacada e uma bala o atingiu num braço.Pombal, cujo poder já era absoluto, aproveitou a desculpa para se livrar dos seus inimigos Távoras, acusando-os de conspiração. Em 1759, foram torturados e executados. As suas mortes são comemoradas por um pilar no Beco do Chão Salgado, junto da Rua de Belém.
O projecto deste templo coube ao italiano Giovanni Carlo Galli da Bibbiena (1717-1760), arquitecto e cenógrafo bolonhês autor do Teatro do Forte ouTeatro do Salão dos Embaixadores no Palácio da Ribeira (1752-1754), Teatro real de Salvaterra de Magos (1753-1792), Teatro real da Ópera do Tejo(mar.1755-nov.1755) e do Teatro da Quinta de Cima ou Teatro da Ajuda. Igualmente foi responsável pela Real Barraca da Ajuda e da sua Capela Real.
A condução das obras até 20 de novembro de 1760, esteve a cargo do arquitecto italiano. Depois do falecimento de Bibbiena, as obras continuaram; contudo, em 1762, pararam por motivos económicos, sendo apenas retomadas en Novembro de 1779. Assumindo o cargo o arquitecto Mateus Vicente de Oliveira, sendo o responsável pelo piso superior da igreja, pelo zimbório, cúpula e lanternim. Em 1785, Mateus Vicente morre, ficando por concluir a torre sineira.
Em estilo neo-clássico, a igreja é pequena, mas graciosa, sendo o interior em mármore e tendo no exterior uma bela cúpula. Contudo seu pormenor mais significativo é o facto de servir de mausoléu ao Marquês de Pombal, que está ali sepultado.
Hoje é a sede da Ordinariato Castrense de Portugal/Diocese das Forças Armadas.


Chafariz do Largo da Memória
Localiza-se ao cimo da Calçada do Galvão, perto da Igreja da Memória. É uma obra do arquitecto régio Possidónio da Silva, de traço simples sobre uma base quadrada e obelisco central. Na Ajuda existia uma fonte no Palácio das Secretárias, sito na Calçada da Ajuda, onde se abasteciam os habitantes da zona. Aquando da vinda do pai do rei a Lisboa, a rainha D. Maria II ordenou a execução de obras no palácio, transformando-o em residência do seu sogro, o Duque Fernando da Saxóniaa-Coburgo-Gotha. A Vedoria da Casa Real negociou com a Câmara o aproveitamento das antigas bicas no Pátio das Vacas e na Memória para a construção de um novo chafariz. A Vedoria cedeu a cantaria que sobrou das obras do Palácio de Belém e encarregou o arquitecto régio Possidónio da Silva do encanamento das águas para a Calçada do Galvão. O Chafariz da Memória foi inaugurado em 13 de Junho de 1850. Os seus sobejos iam para a Quinta Real. 










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