segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Igreja do Convento de Arroios


Construído em 1705 a partir do financiamento de D. Catarina de Bragança, filha de Dom João IV e de Dona Luísa de Gusmão, funcionou até 1755 nesse espaço conventual o colégio de formação dos Jesuítas, tomando o nome de colégio de São Jorge de Arroios.
Resistiu ao terramoto de 1755 mas não à expulsão dos Jesuítas em 1759, altura em que Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal (1769), determinou a ocupação do convento pelas freiras Concepcionistas Franciscanas, ficando o espaço a ser conhecido por convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios.
Igreja do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios, actual Hospital de Arroios, Eduardo Portugal, s.d, Arquivo Municipal de Lisboa, AFML - BO 94585
Igreja do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios, actual Hospital de Arroios, Eduardo Portugal, s.d, Arquivo Municipal de Lisboa, AFML - BO 94585
O convento ficou devoluto em 1890, ano em que morreu a última freira e em 1892, o Estado decidiu que o seu espaço fosse convertido em hospital e ficasse sob a administração do Hospital Real de São José. Foi então determinado que funcionasse um hospital de isolamento para doentes com peste bubónica, cólera, varíola, lepra e tuberculose.
A partir de 1898, o antigo convento tomou o nome de Hospital Rainha Dona Amélia e destinou-se somente ao tratamento e prevenção da tuberculose, para em 1911 após a Implantação da República se passar a chamar Hospital de Arroios. Funcionou até 1993, altura em que foi definitivamente desactivado, encontrando-se actualmente devoluto.
Foi na igreja do convento que  permaneceram  os restos mortais do Marquês de Pombal trasladados do convento de Santo António de Coimbra, antes de serem transportados para a Igreja de Nossa Senhora das Mercês. 
A Igreja continua aberta ao culto sendo frequentada sobretudo pela comunidade ucraniana residente em Lisboa.
Bibliografia
SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, 1.ª ed., Sacavém, Carlos Quintas & Associados – Consultores, 1994, pp. 93, 441-442.




LOCALIZAÇÃO





 

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