A Praça de Luís de Camões, coloquialmente Praça Luís de Camões ou Largo Camões, localiza-se no Bairro Alto, na freguesia da Encarnação. A praça situa-se no local onde existia o Palácio do Marquês de Marialva.
A sua toponímia deve-se por ter sido vontade de ser aí instalada uma estátua ao poeta dos Lusiadas, inaugurada em 9 de Outubro de 1867, impulsionada pela vontade de inaltecer o patriotismo pela Comissão Central 1.º de Dezembro de 1640.
"Praticamente toda a actual Praça Luís de Camões abrange a área onde, no século XVII foi construído o Palácio do Marquês de Marialva. Este apresentava orientação E/W, sendo a fachada principal a que daria para o Largo das Duas Igrejas. Deste edifício somente se conhece uma planta, ao nível do r/c, pertencente ao projecto de remodelação e reconstrução, (subsequente ao terramoto de 1755) o qual, nunca chegou a ser implementado. Pela planta do Palácio até agora posta a descoberto, podemos inferir que a sinalização da referida planta de muros preexistentes não está correcta, sendo possível, mesmo não se encontrando a escavação concluída, rectificar o traçado original deste Palácio tal como ele seria na época de seiscentos. As várias informações documentais que possuímos acerca dos designados «Casebres do Loreto» podem, a partir de agora, ser entendido de melhor forma na medida em que é possível, desde já delinear tipos de ocupação deste espaço, funcionalidades e compartimentação inerente a essa nova realidade. Desta forma, o destino do Palácio foi bem distinto do que se previa logo após o Terramoto de 1755, altura em que o seu proprietário ainda solicitou o projecto de reconstrução do seu imóvel.
Foi
até ao momento detectada a fachada Norte do Palácio, bem como a rua
que, no século XVII, a contornava. O conhecimento da cota a que esta rua
se encontrava em épocas anteriores ao Terramoto permite-nos calibrar os
desníveis que actualmente existem e, consequentemente, reconstruir a planimetria desta parte da cidade na época de seiscentos (1).
ARQUEÓLOGOS: Lídia Maria Marques Fernandes/Co-responsável - António Augusto da Cunha Marques/Co-responsável.
(1) - IPA-MINISTÉRIO DA CULTURA
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